Em dezembro 2024, tive a honra de participar ao evento Natula Connect em Luanda e mais especificamente a mesa-redonda dedicada a saúde da mulher no século XXI, abordando o delicado equilíbrio entre as múltiplas dimensões da vida feminina. A busca do equilíbrio é um tema fundamental pois toca 99,9% da população feminina.
O equilíbrio das varias áreas da vida.
Acredito profundamente que o ponto de partida para qualquer busca por equilíbrio está no centro de gravidade de cada mulher. Aqui, o centro de gravidade, como eu o entendo, é aquele ponto interno onde convergem os valores, as necessidades (físicas, mentais emocionais e espirituais) e aspirações da mulher.
Este centro de gravidade não é fixo, ele muda e desloca-se ao longo do tempo, refletindo as fases da vida, ciclos, experiências e desafios.
Quando a mulher encontra e explora o seu centro de gravidade, ela consegue se estabilizar mesmo em meio ao caos, tomando decisões alinhadas e construindo harmonia entre as varias esferas da sua vida (pessoal, profissional, familiar,...).
Os desafios dos tempos modernos.
As demandas do mundo moderno afetam a saúde da mulher. Entre as maiores ameaças estão:
A sobrecarga mental: o peso da multitarefa continua a crescer. Desde o século XX, as mulheres assumiram papéis no mercado de trabalho sem que a sua actuação em relação às responsabilidades domésticas, familiares e sociais fosse reajustada. Isto resultou num acúmulo substancial de tarefas e pressões.
As expectativas do inconsciente coletivo: a cobrança social para alcançar uma perfeição inatingível em todas as áreas da vida cria um estresse crônico. Esse estado de alerta constante impacta a saúde emocional e física, esgotando os recursos internos da mulher.
Condições específicas mal compreendidas: condições como a endometriose, doenças autoimunes e outras permanecem subdiagnosticadas, desvalorizadas e pouco exploradas pela medicina. Essa lacuna de conhecimento e atenção compromete o acesso a tratamentos eficazes, agravando sintomas e impactando significativamente a qualidade de vida das mulheres.
Desigualdades no acesso à saúde: em muitas partes do mundo, barreiras financeiras, culturais e sociais continuam limitando o acesso das mulheres a cuidados de saúde de qualidade. Essa desigualdade afeta tanto a prevenção quanto o tratamento de condições que poderiam ser resolvidas ou minimizadas.
Não basta tratar a saúde apenas como ausência de doença, precisamos olhar para a mulher com uma perspectiva de prevenção e como um ser multidimensional. Entre outras coisas a saúde do indivíduo depende da sua conexão e alinhamento as suas varias dimensões: físico, mental, emocional e espiritual.
Quero te convidar a refletir: onde está o teu centro de gravidade neste momento da tua vida? Estás alinhada com o que é mais importante para ti?
Se conectar e cultivar esse ponto interno é essencial para que possas navegar pelas demandas do dia a dia com mais serenidade e confiança.
Este evento reforçou a minha crença de que cada mulher tem dentro de si as respostas que procura.
Que a jornada para a tua realização pessoal seja repleta de descobertas e crescimento.
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Até em breve.
Saudações moléculares.
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